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segunda-feira, 21 de março de 2011

    Eu, meu pai e o motorista do caminhão deslizávamos pela estrada jogando conversa fora até que peço: "Me arruma um pito, Diesel", "Vai fumar agora?", balancei a cabeça e ele logo sacou um cigarro de palha comercial. Acendi e larguei os olhos na paisagem corrente sem dar mta atenção pra conversa que rolava, quando voltei a cabeça pra ouvir melhor a conversa meu pai extendeu a mão em forma de pinça, deu umas pipadas e a fumaça atravessou o rosto do motorista. "Vocês fumam bodó, é?", sem resposta continuou "Eu faço os meus também com cavalinho e misturo trevo pq cavalinho é forte demais, aí eu enrolo na mão. Até a véia ja me pede: -Faz um cigarrinho daqueles pra mim! " e com uma risada característica dele esperou resposta. "É, esse aqui é comprado mas eu só fumo esse." Diesel respondeu abrindo a bolsa e mostrando a caixa branca e azul, "Já fumei mto comum mas não quero mais". Concordando e sorrindo, continuou o motorista: "O problema é que parece baseado, quem não conhece já acha que vc é doido" e riu mais que antes, "Teve vez de eu estar fumando na rua e passaram uma meninas do lado da rua e começarem a rir e olhar pra mim pensando: Ó que veio doido!" todos rimos e o assunto mudou de direção.
    Na mesma cabine do caminhão baú porém algumas horas depois, Gentil (o motorista do caminhão) falava sobre um chácarazinha que tinha e vendeu e as diversas coisas que aconteceram por lá, em geral tentativas de cultivo e criação. "Caseiro é a pior raça que tem, vc faz de tudo pra agradar o morfético mas não tem jeito!". Eu ri pra kcte pela veracidade da sentença e pelo vocabulário e me confortei em não estar sozinho fumando meus cigarros feitos, misturando ervas, sofrendo preconceitos e curtindo ver a natureza.


Por Atomic-Saci.

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